Os cinco filmes favoritos de Daniel Radcliffe

"Na verdade, é excitante estar falando sobre outra coisa", disse Daniel, enquanto pensava sobre a resposta que daria acerca do seu novo filme A Mulher de Preto. Ele está, é claro, referindo-se à série que consumiu mais de metade de sua vida. Radcliffe não tinha experiência quando foi escolhido para interpretar Harry Potter em 2001; agora, ele está com 22 anos e pronto para se aventurar além das barreiras de Hogwarts.

"Para ser honesto", ele admite, "quero me meter em muitos e nos mais diversos papeis possíveis nos próximos anos - enquanto estou neste estágio de transição do mundo Harry Potter."

Embora tenha feito alguns filmes menores (e recebido um prêmio por seu trabalho nos palcos com Equus), A Mulher de Preto representa o primeiro passo significativo em sua carreira pós-Potter. Baseado em um romance inglês conhecido e produzido pela Hammer, o filme se passa em um remoto vilarejo onde crianças estão sendo aterrorizadas pelo espectro de uma mulher morta. Radcliffe interpreta um jovem advogado que vai até o local atrás de papeis de um antigo cliente e acaba por ter de investigar os estranhos acontecimentos.

"O fato de esse papel ser diferente, de eu estar interpretando uma pessoa mais velha e interpretar um pai; há coisas que, fisicamente, me separarão do papel de Harry na cabeça das pessoas", ele explica. "Mas o mais importante para mim é que a história do filme é tão irresistível que, até mesmo se as pessoas forem lá pensando 'Oh, vamos ver como ele se sai nisso', dentro de, tipo, 15 minutos eles estarão, espero, presos na história; porque é uma história ótima e realmente convincente e assustadora."

O público terá sua chance de ver a transformação de daniel (e se maravilhar com o figurino) no lançamento de A Mulher de Preto nesta semana. Neste meio tempo, pedimos para que Daniel falasse sobre seus cinco filmes favoritos.

12 Homens e Uma Sentença (Sidney Lumet, 1957)

Imagem"Meus cinco filmes favoritos mudam o tempo todo. Bem, não - os top três nunca mudam, mas os dois últimos constantemente. 12 Homens e Uma Sentença, eu acho, uma proeza dos roteiros. É brilhante. O fato de que ele todo se passa em um cômodo - acho que há, talvez, dois minutos ou três de cenas que não são nesse mesmo cômodo no filme - e mesmo assim é uma das coisas mais irresistíveis que eu já vi. Digo, você não consegue parar de assistir. Você está preso na dinâmica entre as pessoas, no que vai acontecer e no fato de saber que há um culpado baseado em apenas um cômodo, o que é brilhante."



Uma Questão de Vida e Morte (Michael Powell and Emeric Pressburger, 1946)

Imagem"Acho que Uma Questão de Vida e Morte é um dos maiores trabalhos imaginativos do cinema. É uma história brilhante. David Niven não poderia ter sido mais charmoso nele se tentasse. Ele começa, você sabe, como um piloto da Segunda Guerra Mundial prestes a sofrer um acidente de avião ao mesmo tempo em que fala com Andrew Marvell no telefone de operador, por quem ele se apaixona. Há uma cena que, na verdade, do julgamento antes de começar a sessão em que nós, absolutamente - e eu não falei com Mike Newell sobre isso - mas nós nos levantamos quase identicamente na cena do começo do Torneiro Tribruxo, no quarto filme. Há uma cena - porque acho que assisti Uma Questão de Vida e de Morte pouco depois de terminarmos aquele filme - em que eu disse 'meu Deus, nós roubamos isso!'" Bem, se você vai roubar, roube dos Archers. Absolutamente; se você for rouvar, você não conseguirá ser melhor do que aqueles caras. Então esse é um dos meus filmes favoritos. Possivelmente - possivelmente - até mais que Uma Questão de Vida e Morte."

Dr. Fantástico (Stanley Kubrick, 1964)

Imagem"Dr. Fantástico me mostrou, acho que me ensinou, muito sobre comédia. O mais engraçado no filme é o que mais nos assusta - porque toda boa comédia vem do medo da morte, medo da humilhação, medo de ser envergonhado em público, medo de, você sabe, todo esse tipo de coisa. Para se ter comédia verdadeira, onde no final dos filmes todas as pessoas do mundo morrem, aquilo foi muito engraçado pra mim. Eu fui à exibição do Kubrick e lá havia uma seção inteira de como originalmente o filme havia terminado com uma guerra gigantesca de tortas, e foi cortada; mas, por um lado, eu entendo onde tudo estava indo - o fato de tudo ser tão ridículo."     



Pequena Miss Sunshine (Jonathan Dayton e Valerie Faris, 2006)

Imagem"Pequena Miss Sunshine: eu considero esse o mais doce, engraçado... é um clássico moderno, eu acho. E acho Steve Carell brilhante nele; de partir o coração. Também do fato de que fui ao cinema sem saber nada dele."











Jasão e os Argonautas (Don Chaffey, 1963)

Imagem"O quinto, por ser o filme da minha infância, e eu ainda acho que a sequência do esqueleto é uma das mais assustadoras que existem, é Jasão e os Argonautas. Esse é o filme que, dentro dos seis primeiros meses de relacionamento com uma garota, eu tenho que fazê-la assistir a este filme - e se ela não reagir da maneira que eu gostaria, então é meio que desmotivador. Se você não gostar da cena em câmera lenta de Harryhaunsen, então você não fará parte da minha vida [ri]."
Alguma vez isso já aconteceu?
"Não, infelizmente não. Felizmente, eu acho que todas se deram conta do que estava acontecendo - então ao menos fingiram gostar do filme."
Sério, que tipo de pessoa horrível não gostaria?
"Você realmente tem que ter meio que um coração de pedra para não gostar daquele filme, porque é brilhante. Sabe outro filme que eu gosto? Os Vikins, aquele do Tony Curtis-Kirk Douglas. É realmente bom, só porque... bem, é o Vikings; mas acho que Ernest Borgnine interpreta, tipo, o Ragnar, rei dos Vikings, e é um filme hilariante - porque foi feito nos anos 50 e tem essas cenas rodando por filas de vikings e todos estão usando capacetes com chifres e cabelo desgrenhado e então se vê Tony Curtis e Kirk Douglas que estão perfeitamente arrumados." (Beco Diagonal)

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