Novas declarações sobre a análise literária da obra Potter


Conforme informei antes, os livros da série Harry Potter foram analisados por 60 críticos acadêmicos na Universidade de St. Andrews a fim de discutir os méritos literários da obra. John Pazdziora, o organizador da conferência e doutorando no departamento de Inglês, voltou a comentar sobre o assunto na sexta-feira:

“Esses são os livros mais importantes de uma geração inteira de leitores. Em 100, 200 anos, quando estudiosos quiserem entender o início do século XXI, quando quiserem entender o caráter e a cultura da geração que acabou de entrar na idade adulta, é certo que eles vão olhar para os livros de Harry Potter. Como críticos literários, como acadêmicos, por que diabos não queremos lidar com esses textos? Há tanta coisa neles para se falar, cultural e criticamente, que uma conferência de dois dias na verdade só consegue iniciar a conversa. As pessoas estarão lendo e escrevendo e estudando Harry Potter nos anos que virão. Temos cerca de 50 críticos acadêmicos sérios falando sobre esses textos; cada um está encontrando algo diferente sobre o que falar e, francamente, estamos apenas começando. Em qualquer bom texto literário, há muita profundidade e significado para se descobrir. Como eu disse na minha recepção de hoje, de fato os romances de Harry Potter são a sua própria Plataforma Nove e Meia, por assim dizer. Corra para eles, e haverá incontáveis mundos fascinantes se abrindo à sua frente. Então, sim, estamos debatendo por dois dias – e mal arranhamos a superfície da riqueza e complexidade do que realmente é um significante texto literário infantil.”

Contudo, John Mullan, professor de Inglês na University College London, discorda:

“Não sou contra Harry Potter, meus filhos o adoram, [mas] Harry Potter é para crianças, não para adultos. É tudo culpa dos estudos culturais: tudo que é consumido com alguma voracidade pelas pessoas se torna um objeto de estudo acadêmico. [Os acadêmicos participantes] deveriam estar lendo Milton e Tristram Shandy: é para isso que são pagos.“

Confira a tradução completa do artigo do The Guardian na extensão! (Potterish)

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