Em entrevista à BBC, Rowling revela que poderá escrever mais livros envolvendo o mundo bruxo

Ontem (26) foi transmitido no canal britânico BBC News a entrevista de J.K. Rowling ao editor artístico da BBC, Will Gompertz, concedida para divulgar o novo livro da autora, “The Casual Vacancy”, que foi lançado hoje.

Confira a entrevista em inglês e sem legendas logo abaixo:



Na entrevista feita no escritório da escritora na cidade de Edimburgo, na Escócia, Rowling confessou que poderá escrever mais histórias envolvendo o mundo bruxo, talvez sobre um casal da família Potter, mas não forçará para criar tais livros apenas para vendê-los, só os escreverá caso tenha uma grande ideia.

A autora também revelou achar que seu próximo livro será para crianças menores do que os leitores da série “Harry Potter”. E que está tentada a criar uma “versão do diretor” (edições reformuladas) de dois livros da série “Harry Potter”, que seriam editados pela mesma.

Além disso, a conversa entre Joanne e Gompertz também contou com outros assuntos, como seu livro “The Casual Vacancy”, a série “Breaking Bad” e o escritor Charles Dickens e as semelhanças do novo romance de Rowling com as suas obras.

A transcrição em inglês do vídeo está disponível no site da BBC News, neste link, assim como um artigo escrito por Will Gompertz falando sobre Rowling e a entrevista, que pode ser lida através deste link.

Leia abaixo uma prévia traduzida da entrevista, que em breve será publicada legendada aqui.

Will Gompertz: Quando eu estava com o livro, nas primeiras 30 páginas eu estava pensando “esta é J.K. Rowling, a mulher que escreveu esses livros de Harry Potter” e demorou um tempo para eu passar por esse processo. Talvez fosse eu e o jeito que eu estava chegando, mas eu senti que havia certo nervosismo em sua voz autoral no início.

J.K. Rowling:  Eu não quero dizer isto de forma arrogante, mas eu não me sentei para escrever este romance pensando “tenho que provar”. Eu não tinha nada para provar. Agora eu certamente não quero dizer isso de forma arrogante, eu certamente não quero dizer que eu ache que, bem, você sabe, eu não posso melhorar como escritora. Eu certamente não quero dizer que eu estou vindo de um lugar de autossatisfação.

Mas Harry Potter realmente me libertou no senso de que há apenas um motivo para escrever, para mim: Se eu realmente tiver algo que eu quero dizer e que eu quero publicar. Eu posso pagar minhas contas, você sabe, todo dia. Sou grata por esse fato e ciente desse fato. Eu não preciso publicar para ganhar a vida.

Nós dois sabemos o que é preciso para escrever um romance, nós dois sabemos o quanto de sangue, suor e lágrimas vão para escrever um romance, eu não poderia colocar essa quantidade de energia em algo unicamente para dizer que eu preciso provar que eu posso escrever um livro com palavrões nele. Então não, não há nervosismo – e novamente, eu não quero dizer isso arrogantemente. Eu me sinto feliz em escrevê-lo, foi o que eu quis fazer.

Eu tenho sido perguntada esta questão muitas vezes, você sente necessidade em escrever um livro para adultos? Não, eu não preciso escrever um livro para adultos. Eu acho muito provável que a próxima coisa que eu publicarei será para crianças. Eu tenho livros infantis que eu realmente gosto, é para crianças um pouco mais jovens do que os leitores dos livros de Potter, e eu acho que provavelmente a próxima coisa será para crianças.

Eu adorei escrever para crianças, eu adorei falar para as crianças o que eu estava escrevendo, eu não quero deixar isso para trás. Mas eu queria escrever isto também.



Leia ainda outro trecho divulgado pela BBC Brasil:


Versão de diretor: "Eu os reli e pensei: 'Oh, Deus, talvez eu faça uma versão de diretor, não sei. 
Mas tenho orgulho de ter escrito nas condições em que escrevi, ninguém jamais saberá o quanto foi duro'', acrescentou, referindo-se à pressão das editoras.



Sobre um novo Harry Potter: ''Foi como um assassinato dizer adeus (a Harry Potter). No que diz respeito a Harry, já deu para mim. Se eu tivesse uma ideia fabulosa que saísse daquele mundo, como eu adoro escrever sobre ele, eu o faria.''Mas para isso, realmente precisaria ser uma grande ideia, porque não posso agir mecanicamente, juntar pedaços e dizer: 'vamos lá, vamos vender isso'. Seria debochar do que aqueles livros representam para mim''.

Sobre The Casual Vacancy: ''É um livro muito pessoal, que fala de coisas sobre as quais penso muito a respeito. É pessoal no sentido de que lida com problemas que afetaram a minha vida em um sentido muito real, como pobreza, por exemplo.''

Perguntada se algumas das experiências vividas pelas personagens refletem a sua própria história pessoal, ela afirma que ''não gostaria de entrar muito nisso'' e acrescenta que: ''como já foi fartamente documentado, já tive problemas com questões de saúde mental, já sofri de depressão e, na minha adolescência, tive problemas com ansiedade''.

Via: Potterish e BBC Brasil

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