Com a crítica do London Evening Standard não foi diferente. Richard Godwin realça as atuações de Maggie Smith (Minerva McGonagall), Emma Watson (Hermione Granger), as cenas do cofre de Gringotes, os dementadores flutuando ao redor de Hogwarts, a conversa de Harry e Dumbledore, .
O autor diz que um pouco mais de Jim Broadbent (Horácio Slughorn) e Helena Bonham Carter (Belatriz Lestrange) nunca seria demais. Mas como ponto negativo vai para a escrita da autora J. K. Rowling, que ele descreve como "deficiente".
CRÍTICA DE HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE - PARTE 2
Por Richard Godwin do London Evening Standard
Tradução: Renato Delgado
Por Richard Godwin do London Evening Standard
Tradução: Renato Delgado
E então chegamos ao final, graças a Dumbledore!
O oitavo e último filme da franquia Harry Potter é quando os bons e os maus mostram como vai ficar e o mistério central é revelado. Tudo acontece com uma espetacular batalha em Hogwarts, uma aparição espiritual de Harry e uma investida final ao Hotel St. Pancras restaurado até que retornamos para onde tudo começou: a estação de King's Cross.
Você precisa aprender o básico que todos sabem sobre Potter para ver sentido em tudo isso, mas não será problema para a maior parte das pessoas que vê o filme. Milhares de crianças, pais e aqueles que deveriam saber mais não vão lembrar o que é uma Horcrux - o diretor David Yates dá um jeito nisso. De fato, de certas maneiras, ele ajudou com a deficiência do último livro. O livro Relíquias da Morte tem um problema central que foi a editora Bloomsbury, que pareceu relutante em mudar algo que J. K. Rowling tivesse escrito. A prosa escorre por centenas de páginas sem nunca chegar a um foco. Esta (e talvez com um espírito de "quero dobrar o dinheiro") é a razão pela qual a história foi dividida em dois filme. Dá pra ver que Yates quis dar energia de clímax a tudo, mas com todos os feitiços renderizados digitalmente com Voldemort e seu exército sombrio enfrentando os alunos de Hogwarts destemidos, não supera a qualidade épica existente nos filmes dos Senhor dos Anéis.
Existe, entretanto, uma conversa celestial entre Harry (Daniel Radcliffe) e seu mentor Dumbledore (Michael Gambon), e um flashback comovente no qual descobrimos sobre o papel crucial interpretado pelo Professor Snape (Alan Rickman) na história. As cenas dele com o nasalmente desafiador Voldemort (Ralph Fiennes) são agradavelmente sinistras.
Neste momento, temos plena certeza do alcance do trio principal como atores. Devendo ter recebido imensa pressão - não menos do que seu próprio corpo se transformando -, Radcliffe levou, nas suas agora bastante corpulentas costas, quantias bilionárias da Warner Bros. e as expectativas de fãs.
Rupert Grint, como Rony, e Emma Watson, como Hermione, também podem respirar aliviados. Dos três, dá para sentir que Watson é a que mais tem a oferecer no futuro ("Você poderia fazer melhor!", você sente que vai chorar quando Hermione e Rony finalmente se beijam apaixonadamente).
Um time britânico de atores talentosos proveram o resto. Mais de Jim Broadbent e Helena Bonham Carter não seria exagero.
Particularmente amei Maggie Smith como Professora McGonagall canalizando mais do que nunca "Primavera de uma Solteirona". Matthew David Lewis, como Neville, o fracote que fica bom, fornece boas vindas salgadas do norte.
Mas as estrelas verdadeiras são os exércitos de técnicos responsáveis pelos ghouls [está falando sobre os dementadores] que flutuam sinistramente ao redor de Hogwarts; a cena na qual tudo no que os heróis tocam multiplica; e o dragão voando por Londres. Esta é a magia de verdade, e talvez nosso último produto cinematográfico autêntico. O legado deste trabalho vai animar as imaginações para os anos que vierem. (ScarPotter)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não utilize palavras obcenas e degradantes, comentários desse tipo serão rejeitados.