A boa notícia é que é muito boa. O jornalista Philip Womack, e alguns outros jornalistas internacionais, teve a oportunidade de assistir ao filme antes de praticamente todo o mundo. Num texto de tamanho razoável, Womack elogia bastante o desfecho da maior série cinematográfica da história.
Confira a crítica, traduzida para o português, logo abaixo!
CRÍTICA DE HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE - PARTE 2
Por Philip Womack do TheTelegraph.co.uk / Tradução: Renato Delgado
Por Philip Womack do TheTelegraph.co.uk / Tradução: Renato Delgado
A primeira cena do filme começa onde o anterior parou: uma tomada do vilão Voldemort (Ralph Fiennes), sem nariz e com triunfo no olhar enquanto rouba a varinha mágica mais poderosa de todas, a de Dumbledore (Michael Gambon). Com ela, ele se tornará invencível.
Na próxima cena, vemos Harry Potter (Daniel Radcliffe), Hermione Granger (Emma Watson) e Rony Weasley (Rupert Grint), parecendo incrivelmente vulneráveis e jovens, enquanto lidam com a grande responsabilidade de interromper os planos de Voldemort.
Qual a chance que esses adolescentes têm contra os poderes da escuridão?
Mas este é um filme sobre o triunfo dos fracos, um tema presente em duas das cenas mais memoráveis.
A primeira é uma maravilhosa sequância na qual nossos heróis escapam do cofre do Banco Gringotes nas costas de um dragão muito bem renderizado por CGI. A fera arranca pedaços dos telhados de Londres enquanto investe pela linha aérea da capital até voar livremente.]
A segunda, que é sem dúvida o momento mais bonito e importante de toda série, envolve o misterioso Professor Severo Snape (Alan Rickman). É um episódio raro embelezado pelo sol em um filme caracterizado pela escuridão no qual conhecemos os segredos de fidelidade do professor.
Harry olha as memórias de Snape e vê sua mãe, Lílian, uma jovem garota, fazendo um uma flor florescer em sua mão: as outras crianças a chamam de estranha e fogem. Escondido perto dela está o jovem Snape. Ele anima uma folha e a envia para ela. Quase nada é dito, mas a verdade e a dor das relações humanas estão aqui expressas com uma ternura elegíaca que traz lágrimas aos olhos
Talvez o maior triunfo do últime filme foi a habilidade de superar as deficiências da escrita de J. K. Rowling. No último livro, ela não conseguiu mostrar o sentimento épico necessário; como resultado, no papel, a batalha final de Hogwarts foi sem-graça. Mas Yates aqui transforma isto em um espetáculo genuinamente aterrorizante, com estudantes ensanguentados lutando desesperadamente contra uma horda gritante de Comensais da Morte.
O próprio castelo de Hogwarts toma vida para se defender (dando a Maggie Smith, a arrumada Professora McGonagall, um alívio cômico quando ela ordena a um exército de cavaleiros de pedra).
Há sagacidade do fracote Neville Longbottom (Matthew David Lewis) que, quase morrendo, aparece com um comentário animado "Ora, isto foi bom", e a atuação esplêndida de Helena Bonham Carter como a bruxa louca Belatriz Lestrange.
Nosso trio principal não decepciona. O antigo Radcliffe se transformou num estoicismo heroico; Watson aprimorou o encanto necessário, olhar aterrorizado, ofegando melhor do que nunca; e até Grint agora consegue ser emotivo e se destaca quando um dos seus irmãos é assassinado.
Isto é cinema monumental, inundado de tons lindos e carrega uma última mensagem que vai ressoar em cada espectador, jovem ou velho: existe escuridão em todos nós, mas podemos superá-la
Este não é um final. Como poderia ser?
Na última cena, vemos o filho de Harry indo para Hogwarts, sabemos que, mesmo que não tenha mais livros, esses personagens viverão conosco para sempre.
Relíquias da Morte - Parte 2" estreia em menos de 9 dias, em 15 de julho deste ano! Muitos já estão com os ingressos garantidos. E você? Está preparado para assistir ao último filme da série no cinema? (ScarPotter)
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